sexta-feira, 18 de março de 2011

A ARTE DE PLANEJAR BEM

 PLANEJAR BEM




Sempre que iniciamos um novo ano letivo surgem antigas questões que ainda preocupam muitos educadores: Para que e por que planejar? Planejamento tem a ver com decisões que tomaremos no futuro? Essas questões têm relação com a seguinte afirmação de Peter Drucker: “O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes”.

   Assim, vivendo em um mundo contemporâneo, que exige de nós uma decisão a cada momento, podemos perceber que para tudo planejamos. O nosso sucesso ou fracasso depende do nosso planejamento. Portanto, um planejamento de qualidade somente será possível se ele ocorrer de uma forma organizada e dentro de uma sequência de eventos pré-determinada.

   Recordando um ditado chinês que afirma que "se você não souber aonde pretende chegar, qualquer caminho serve", podemos entender que o nosso sucesso não vem mais ao acaso e sim pelo resultado de um esforço organizado. Quem busca o sucesso e a melhoria na qualidade do trabalho deve buscar, no planejamento, condições básicas para isso. Nesse sentido, podemos entender que o planejamento é uma ferramenta que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro estruturado.

  
   


 


   

    No mundo de hoje, não planejar bem e viver do “improviso” acarretará, com certeza, fracasso e desânimo. A organização prévia de todo processo e atividade que realizamos evita surpresas e aumenta as chances de realizar mudanças e aperfeiçoamentos. Assim, planejar é prever e organizar as ações com determinadas finalidades, para se conseguir atingir mudanças.
 


Em nosso processo educacional, em todas as suas etapas, não é diferente. Um gestor, por exemplo, deve considerar as reais necessidades da comunidade na qual a escola está inserida, em particular as necessidades educativas de seus alunos: Qual é a realidade da escola? Quais são os principais problemas? Os alunos têm realmente aprendido? Somente depois de identificar e analisar as dificuldades que a escola enfrenta e o que se pretende mudar é possível estabelecer objetivos e metas comuns a toda equipe.

Em se tratando de docência, quando um professor, em cooperação com seus colegas, elabora seu Planejamento do Ensino, é importante ter em conta que sua ação profissional deve ser pensada em termos de um otimismo crítico, ou seja, o professor deve ter claro que as escolhas que faz quando elabora seus planos e as orientações que imprime no decorrer de cada aula devem ser coerentes com o Projeto de Escola, assim como com uma perspectiva crítica e transformadora da realidade.
 

  Essa preocupação com a concepção de educação que rege as ações do professor é fundamental para que o espaço da sala de aula não se transforme em um local de reprodução de injustiças, em que conhecimento é visto como um pacote fechado a ser transmitido mecanicamente aos alunos.






Por isso entendemos que “Planejar faz a diferença”, mas não se deve restringir a isso. O momento do Replanejamento, por meio da avaliação, também é fundamental, pois norteia todo profissional a caminhar e recaminhar em busca de seus reais objetivos, tornando-se assim um ser construtivo e participante do processo de crescimento, em todas as suas esferas.




   Com certeza, esse é o modelo de profissional que nosso sistema espera: caminhando em busca de um futuro novo na velocidade que o presente exige.

Armínio Bergamin – Professor especialista; diretor na educação básica da rede pública de ensino; docente na área de gestão do curso de Pedagogia da FJB.

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