quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

RESOLVENDO CONFLITOS INTERPESSOAIS NA ESCOLA

O Escorpião e a Rã - (texto resumido)



Um dia a floresta pegou fogo. E incêndio não tem medo de rabo de escorpião. Só havia um jeito de fugir da morte: era atravessando o rio, para o outro lado. Os bichos que sabiam nadar pulavam na água, levando seus amigos nas costas. Mas o escorpião nem tinha amigos, nem sabia nadar. E não havia ninguém que se arriscasse a oferecer-lhe carona. O escorpião, então, valentia e coragem assumidas diante ao fogo que se aproximava, foi forçado a se humilhar. Dirigiu-se com voz mansa à rã, que se preparava para a travessia. -Por favor, me leve nas suas costas - ele disse. -Eu não sou louca. Sei muito bem o que você faz a todos que se aproximam de você - replicou a rã. -Mas, veja- argumentou o escorpião- eu não posso picá-la com o meu ferrão. Se o fizesse, você morreria, afundaria, e eu junto, pois não sei nadar. A rã ponderou que o raciocínio estava certo. Podia ser que o escorpião fosse muito feroz, mas não podia ser burro. Todo mundo ama a vida. O escorpião não podia ser diferente. Ele não iria matar, sabendo que assim se mataria... E, como tinha bom coração, resolveu fazer esta boa ação. -Muito bem. -disse a rã ao escorpião. -Suba nas minhas costas. Vou salvar sua vida... O escorpião se encheu de alegria, subiu nas costas lisas da rã e começaram a travessia. Que coisa -ele pensou- é a primeira vez que me encosto em alguém de corpo inteiro. Antes era só o ferrão... E até que não é ruim. O corpo da rã é bem maciozinho... Enquanto isso, a rã ia dando suas braçadas tranqüilas, nado de peito, deslizando sobre a superfície. -E como é gostoso navegar- continuou o escorpião , nos seus pensamentos. - estes borrifos de água , como são gostosos. É bom ter a rã como amiga...
Estavam bem no meio do rio. O escorpião olhou para trás e viu a floresta em chamas. -Se não fosse a rã, eu estaria morto neste momento. E um estranho sentimento, desconhecido, encheu seu coração: gratidão. Nem sempre veneno e ferrão são a melhor solução. A vida estava com a rã, macia e inofensiva que não inspirava medo em ninguém... Sentiu seu corpo descontrair-se. Achou que a vida era boa... Era bom poder baixar a guarda e descansar. Voltou-se de novo para trás, para olhar a floresta incendiada. Mas, ao fazer isto, viu-se refletido, corpo inteiro, na água do rio que brilhava à luz do fogo. E o que viu o horrorizou: seu rabo, dantes ereto, agora dobrado, desarmado. E scorpião de rabo mol e... Todos ririam dele. E sentiu um ódio profundo da rã. -Espelho, espelho meu, existe bicho mais terrível que eu? A resposta estava naquele rabo mole, refletido no espelho da água. E a única culpada era a rã... Sem um outro pensamento, enrijeceu o rabo e o enfiou nas costas da rã. A rã morreu. E, com ela, o escorpião.



2º momento: Solicitar aos /as alunos/as que criem um final para a mesma a partir da seguinte situação problema: “Está acontecendo um incêndio na floresta e todos os animais estão ansiosos para se salvar. Alguns pensaram em fugir pelo céu, outros por terra e outros pelo mar. O escorpião não consegue vislumbrar nenhuma saída para o seu caso: não sabe voar, não sabe nadar e não se vê em condições de caminhar por terra. Todos temem o escorpião. Uma rã decidiu parar para ouvir a dificuldade do escorpião, mas não sabe se poderá ajudá-lo. Como essa situação se resolverá?”

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